Em um cenário de ameaças cada vez mais desafiador, muitas organizações têm dificuldade em implementar e aplicar uma governança de segurança cibernética eficaz. Apesar de os líderes empresariais já reconhecerem que a segurança cibernética é essencial para prosperar na economia digital de hoje, eles muitas vezes não têm a percepção e os dados para ter paz de espírito e confiança de que suas organizações estão gerenciando eficiente e efetivamente o risco cibernético.
A segurança cibernética, por natureza, foi fundada com base na precaução, na prevenção, no medo em geral. Se sua empresa não está constantemente aprimorando a segurança e suas defesas, ela está correndo sérios riscos. Para impulsionar o crescimento, a produtividade e o bem-estar geral da sua empresa, é preciso ter uma estratégia de segurança cibernética de alto nível.
Cada vez mais empresas estão se voltando para o digital. Isso também significa que qualquer coisa que possa ser digitalizada, será digitalizada. Mesmo sendo um progresso extremamente benéfico no que diz respeito à eficiência, as empresas ficam também cada vez mais vulneráveis. Assim, há a necessidade urgente de uma mudança de paradigma na forma como os líderes veem a segurança cibernética e seu propósito central.
Infelizmente, é muito comum pressupor que a única função da segurança é reduzir riscos e tratar ameaças digitais. No entanto, a realidade é outra. É preciso reposicionar o conceito de segurança cibernética para o que ela realmente é: um estimulador de crescimento. Empresas precisam se adaptar de acordo com essa nova realidade, através desta visão. Toda organização possui ativos digitais e provavelmente detém dados de clientes e parceiros de uma forma ou de outra. No cenário atual de ameaças cada vez mais sofisticadas, empresas com uma estratégia de segurança sólida têm uma vantagem competitiva em seus respectivos mercados.

À medida que a digitalização se amplia, a segurança cibernética se torna a base crítica sobre a qual os modelos de negócios e ofertas são construídos. Mesmo assim, a participação dos conselhos executivos na construção da estratégia de segurança ainda não é suficiente, pois falta compreensão de seu real valor e, frequentemente, há uma lacuna na comunicação entre a alta direção e a área de TI. Ao posicionar a cibersegurança como uma despesa de TI, o potencial de crescimento dos negócios é reduzido. Abordar a cibersegurança de maneira adequada é uma obrigação, é responsabilidade digital, e tem que partir dos níveis mais altos da organização, porque afeta toda a entidade.
A abordagem proativa, preventiva, não apenas economiza valores significativos que podem ser investidos no crescimento de uma empresa, mas também economiza o tempo e esforços necessários para mitigação e remediação. A governança de cibersegurança é a maneira pela qual uma organização dirige e controla a segurança, especifica a estrutura de responsabilização e fornece supervisão para assegurar que os riscos sejam adequadamente mitigados, enquanto a administração assegura que os controles sejam implementados.
A cibersegurança precisa deixar de ser uma função meramente operacional e passar a ser tratada de forma estratégica e holística, visto que o risco digital é um risco de negócio. Tradicionalmente, a segurança cibernética era gerenciada através da implementação de uma solução para resolver um problema ou mitigar um risco. Os departamentos de TI geralmente possuem recursos técnicos de segurança, tais como firewalls ou detecção de intrusão e outros, mas muitas vezes carecem de políticas e processos básicos, porém essenciais, de governança de TI, ou, quando existem, são frequentemente desatualizados ou negligenciados. Além disso, muitas organizações carecem de programas de treinamento e conscientização adequados de segurança cibernética.
É preciso pensar estrategicamente em segurança da informação, através de uma governança de cibersegurança. Ela permite analisar o cenário real da sua empresa e seus objetivos futuros, criar um plano sólido de ações para atingir as metas e controlar sua execução fim-a-fim, rumo à maturidade e conformidade.
Fonte: forbesbooks.com