Como você se sentiria se soubesse que alguém que você não conhece tem uma cópia da chave da porta da sua casa? E se soubesse que há um caminho ou um túnel subterrâneo de uma praça pública que dá acesso à sua casa? Ou mesmo se suas janelas ou cortinas não pudessem fechar totalmente, se as portas permanecessem abertas e acessíveis sempre, se existissem câmeras ligadas à internet 24 horas em todos os seus cômodos? Você se sentiria seguro? Teria privacidade?
A internet é exatamente isso, essa “casa” repleta de portas e acessos abertos. Isso não significa que você não deve acessar a web para se precaver ou para manter sua privacidade, mas que você deve ter consciência e se educar sobre os perigos e os riscos digitais para poder se proteger e proteger os seus dados pessoais.

Mas, por que a internet é tão insegura? Antes de mais nada, a internet originalmente foi desenvolvida quando os computadores eram enormes e caros. Apenas universidades, grandes organizações e governos tinham acesso a essas magníficas máquinas. A meta era fazer com que essas máquinas conseguissem comunicar umas com as outras, trocando informações, e assim que isso foi possível, através de uma rede, dados foram enviados e recebidos. Essa rede foi crescendo gradualmente, até que surgiram os computadores pessoais na década de 80.
Assim, a comunicação entre os computadores e entre os usuários evoluiu até o que associamos à internet hoje: desde redes sociais, transações monetárias, jogos, notícias, compras, e assim por diante. Outros dispositivos começaram a se comunicar com a rede também, telefones, carros, câmeras, elevadores, casas, usinas, robôs e máquinas industriais, e muito mais.
Todo esse acesso veio com um preço: a segurança. É possível que um dispositivo envie a outro instruções para excluir tudo que se tem armazenado nele ou controlá-lo remotamente, infectando com vírus e malware. Uma pessoa mal-intencionada também pode roubar ou sequestrar dados de outra ou de uma organização.
Essas vulnerabilidades estão incorporadas à própria arquitetura da internet e criminosos utilizam essas brechas e acessos para roubar dados. Temos que aprender a navegar com segurança, para evitar ao máximo que sejamos a próxima vítima de um incidente cibernético. A boa notícia é que mesmo com a internet repleta de vulnerabilidades, existem maneiras relativamente simples de se proteger, boas práticas que garantem uma navegação mais segura, e há muitas pessoas comprometidas em tornar o nosso mundo digital mais seguro.
Referência: https://www.pbs.org/wgbh/nova/labs/lab/cyber/1/1/